28 de maio de 2015

Nova fase: dia 13 - 28.05.15

E hoje, depois de quatro dias sem caminhar, saí pra andar um pouco. Foram dias de muitos compromissos a cumprir, e realmente não deu. Hoje o dia estava (está) quase todo livre, e ainda assim quase não saí. Ah, essa preguiça... Mas me obriguei a sair, especialmente por já se somarem dias demais sem.

Eu tinha me proposto a não ficar mais do que um dia sem caminhar, mas já vi que isso é meio utópico, porque às vezes mesmo tendo vontade não dá certo. Lembrando que minha vontade é de caminhar no fim da tarde, pra pegar sol também, então fica mais restrito ainda. Mas tudo bem. Como sempre, o mais importante não é seguir um ideal qualquer, mas fazer o melhor possível. No meu caso, caminhar sempre que der, e voltar a caminhar depois desses pequenos períodos atribulados.

Foi ótimo ter saído: uma tarde linda, tranquila, o vento do mar - fresquinho - inundando seu sistema respiratório.... Ah! Isso é demais! E o solzinho gostoso dando um oi pra sua pele. Foram 38 minutos hoje, e o trechinho final, os últimos 10 minutos, foram com um certo pesar, mas nada demais também.

No começo de julho irei a São Paulo, e resolvi aproveitar essas caminhadas para me condicionar pra essa viagem. Isso porque lá, andando de ônibus e metrô, e caminhando sempre naquele abafamento e na multidão... Virgem!..., lá eu sempre me arrebento, e cada 15 minutos de caminhada me destroem (como aconteceu em outubro último, quando estive lá). Decidi que nas próximas 5 semanas quero conquistar um condicionamento para caminhadas tranquilas de 1 hora. 1 hora de caminhada tranquila aqui, perto da praia, precisará equivaler a aguentar bem pelo menos meia hora no abafamento e na multidão de São Paulo sem me destruir, e é isso que quero: poder andar aí uns 20 ou 30 minutos sem suar uma piscina e sem quase precisar trocar os pulmões. Quero chegar em 30 minutos de São Paulo numa boa. Nunca vou precisar andar mais que isso, talvez precise andar mais que isso considerando ida e volta, mas daí tem uma pausa no meio e tal. Então acho que vai dar certo.

24 de maio de 2015

Nova fase: dia 09 - 24.05.15

Hoje, um domingo, que acordei mais tarde do que gostaria (um dos motivos foi que o gato me acordou às 5h da manhã e me fez ficar um tempão até dormir de novo), e precisei gastar todinho na frente do computador preparando uma palestra pra amanhã, atividade do doutorado. Por isso nem pude caminhar.

Só tomei café da manhã, era quase meio dia, e depois duas bananas e um pão à tarde, e à noite melancia e manga. À noite deu aquela vontade de comer algo a mais, eu comeria se não estivesse ressabiado com meu fígado. Estou contando essa "nova fase" desde o dia 16, quando comecei a caminhar, mas desde o dia 12 estou comendo pensando no fígado, já são quase duas semanas, e ele ainda todo sensível. Chatice! Sinto que, no geral, melhorou, ele não dá mais aquelas pontadas. Mas fico com umas dorzinhas no entorno das costelas, especialmente a direita, e às vezes a sensibilidade aumenta. Como disse ontem, vou esperar mais essa semana pra ver como fica.

O lado bom é que estou fazendo dieta na marra, e ando comendo bem pouco mesmo, alguns dias até por preguiça de fazer algo mais rebuscado (salada) pra comer, e fico na fruta. Devo estar com uma dieta de no máximo 1000 calorias nos últimos dias. Mas não queria ficar comendo muito pouco pra não perder músculo, mas dá medo de comer mais por causa do fígado. Argh!

23 de maio de 2015

Nova fase: dia 08 - 23.05.15

E ontem não caminhei porque a tarde foi cheia de compromissos. À noite, após um maravilhoso concerto do meu orientador, fomos com ele e outros comemorar. Lá fui eu tentar comer algo não muito danoso pro meu fígado. Era um lugar chamado "Espetinho do Gaúcho", mas preferi evitar os espetinhos, e acabei pedindo um risoto de frango, porque acompanhava salada. Veio uma boa porção, e no fim estava um pouco oleoso, e por isso muito bom. Comi quase toda, e quase toda a salada também, com um suco de limão. De imediato não senti nada. Voltamos tarde, e fomos dormir mais tarde do que a média dos dias anteriores. O que eu senti foi que estava mais agitado, demorei pra pegar no sono, e não levantei à noite pra urinar, como vinha acontecendo quase sempre (algo comum quando pego leve na alimentação, especialmente à noite, tem um efeito diurético pela diminuição de sal). Dormi mal, acordei um trapo, ela também (ela comeu batata frita, espetinhos, pão de alho...), os dois de mal humor se arrastando. No fim da tarde resolvi ir caminhar, ela não foi hoje comigo. Saí pouco depois das 16h, tinha ainda um solzinho, mas ficou se escondendo nas nuvens. Fui até a praia, andei um pouco no calçadão vendo o mar, voltei por ele, voltei pra casa. Ao todo foram 35 minutos. A diferença foi que senti que andei ligeiramente mais rápido na primeira metade, na volta não porque, como de costume, já estava sentindo mais a caminhada. Foi bom, ajudou a espairecer daquele mal humor.

Hoje comi super pouco, não por falta de vontade ou fome, mas é que ando incomodado, sentindo a região do fígado e, de uns dias pra cá, também a região simétrica do lado esquerdo, e um pontinho mais ao centro. Essas dorzinhas e sensibilidades me tiram a paz. Vou esperar mais uma semana nesse ritmo, vamos ver como fico.

21 de maio de 2015

Nova fase: dia 06 - 21.05.15

Ontem não caminhei porque choveu, choveu, choveu...

Hoje no café da manhã convidei minha esposinha pra caminhar, ela que anda tão atarefada esse semestre que não tem conseguido fazer suas caminhadas, ela que sempre foi tão adepta... Mas hoje ela podia, e lá fomos nós no fim da tarde.

Por estar com ela andei um tiquinho a mais do que andaria se estivesse sozinho. Foram quase 40 minutos, fiquei cansado, mas deu pra aguentar bem. Infelizmente quase não tinha sol, mas fomos e voltamos pela beira da praia, o vento do Atlântico direto em nós, ar puríssimo, delícia! E é gostoso fazer isso acompanhado, é mais prazeroso.

***

Tenho assistido a uns vídeos de gordos muito gordos, daqueles que nem conseguem mais ficar em pé, lutando por suas vidas. Não sei, acho que esses choques acabam me estimulando. Embora eu tenha começado essa nova fase não exatamente pra emagrecer, mas pensando no meu fígado, claro que penso nisso também. E ver esses casos me faz pensar que, mesmo que meu caso seja grave, ainda levo uma vida essencialmente normal, mas que é bom ficar bem atento, porque de verdade não é difícil chegar numa situação próxima daquelas. Como disse antes, eu entendo como isso pode acontecer. Porque quando você elege a comida como sua grande válvula de escape, é fácil, bem fácil ir descendo por esse abismo, já que quanto mais comemos, mais queremos comer.

19 de maio de 2015

Nova fase: dia 04 - 19.05.15

Ontem não andei, que estava me sentindo mal, fígado muito sensível, fiquei sem energia.

Hoje achei que não ia, porque choveu à tarde. Mas depois acabou parando, e aproveitei a saída da minha esposa, peguei carona com ela até a avenida aqui perto, onde fica o comércio, e me propus a voltar a pé. Desci até a praia, caminhei por ela e entrei de volta pra casa. Como um quadrado, andei três lados dele. E tudo demorou 35 minutos. Andei um pouquinho a mais do que anteontem. Senti falta do sol, porque já era por volta das 17h, sol quase se pondo, e ainda tempo fechado, no trecho final ainda peguei uma garoa. Mas foi bom assim mesmo.

Agora à noite, pesquisando alguns vídeos sobre caminhada, apareceu esse. Ave, que coisa triste. No fim é bom ver isso. Mesmo que eu esteja muito, muito longe da situação desse homem - não dá nem pra comparar - estou no mesmo barco que ele, e consigo entender plenamente como alguém chega nesse ponto. A verdade é que é muito fácil pra quem tem esse perfil.

https://www.youtube.com/watch?v=hKpmgZiAkDk

Espero que ele encontre seu caminho e se livre disso. Eu aqui espero ter encontrado o meu.

17 de maio de 2015

Nova fase: dia 02 - 17.05.15

Como disse que faria, hoje saí pra caminhar e fui dar um oi pro Atlântico.

Morando no litoral há 1 ano e 9 meses, hoje foi a primeira vez que fui a pé de minha casa até a praia (não até a praia exatamente, mas até a avenida lateral à praia). Vergonha! Eu achei até que iria demorar mais, dada minha podridão, mas levei 13 minutos. Somando mais uma quadra e a volta, hoje andei 32 minutos, 5 a mais que ontem. Mas o terço final continuou mais penoso: depois de 20 minutos realmente começo a me cansar. Um ser humano de 40 anos que só consegue andar 20 minutos numa boa realmente está "no bico do corvo", como diria meu pai. Aliás, ele e minha mãe - especialmente ela, que sai sempre pra caminhar com os cães - aos 72 anos provavelmente conseguem bem mais do que isso.

Novamente estou escrevendo isso logo ao voltar da caminhada, esperando a absorção da vitamina D3. Dá uma sensação muito boa saber que estou fazendo algo importante pro meu corpo.

Quando sentei e enquanto esperava o laptop ligar, me dei conta de uma coisa: onde eu morava antes de vir pra Paraíba, que era num bairro movimentado em Maringá, minha atividade física era razoavelmente maior. Não que eu saísse pra caminhar (acho que a última vez que fiz isso foi quando ainda morava em São Paulo, sei lá, uns 7 ou 8 anos atrás), mas algumas pequenas coisas faziam alguma diferença. Primeiro que enquanto eu trabalhava na UEM, que foi até final de 2012 e depois mais um semestre uma vez por semana, mesmo indo de carro eu caminhava alguma coisinha, os estacionamentos não eram colados ao prédio que trabalhava. Muitas vezes pra ir almoçar lá por perto eu andava perto de uns 20 minutos, ida e volta. Além disso eu morava numa sobreloja, com uma escada bem íngreme de acesso a ela, e inevitavelmente era um exerciciozinho a mais subir e descer aquelas escadas, em alguns dias várias vezes. E ainda eu sempre saía pra fazer alguma coisa a pé, comprar alguma coisa, no mercadinho umas quadras pra um lado, na farmácia umas quadras pro outro, às vezes um pouco mais longe. Nada que passasse normalmente no máximo dos 10 minutos de caminhada. Ainda era muito pouco. Mas se eu comparar isso com o que eu ando normalmente hoje, eu era praticamente um atleta. Isso porque hoje eu moro num bairro ainda novo, que só tem residências, e que fica razoavelmente afastado de uma avenida onde temos o comércio que usamos normalmente, que não dá pra ir a pé. Dar, dá, mas é bem longe. Um dia, quando aumentar minha resistência, vou tentar ir a pé pra ver quanto dá. Deve dar meia hora só de ida. A única exceção é um Empório que fica literalmente ao lado de casa, que tem restaurante, padaria e um mercadinho de coisas finas, e o único lugar onde saio a pé pra fora de casa é pra ir nesse lugar, o que é mais perto do que o lugar mais próximo aonde eu ia normalmente em Maringá.

No fim é uma questão de quanto a gente se mexe, e aqui, nesse 1 ano e 9 meses, eu só me mexi nas tarefas dentro de casa, até porque mesmo pra universidade eu vou pouco. E isso conseguiu me fazer ser ainda mais sedentário do que eu era antes, e ainda pegar menos sol do que o pouco que pegava antes. Junte isso com uma pessoa que come desgraçadamente mal e você terá exatamente eu como estou hoje. Ou melhor, como estava uma semana atrás. Hoje já estou um tiquinho melhor. :-)

Engraçado como nem disso tinha me dado conta ainda, objetivamente nesse sentido de "estar me mexendo menos do que pouco". Quando morava em São Paulo também me mexia mais do que me mexo aqui. Por isso acho é a primeira vez na minha vida que se tornou radicalmente urgente pra mim adotar essa rotina de caminhadas. Acho que é algo que pode sim, junto com a mudança na alimentação, literalmente salvar minha vida. Não sei quanto tempo mais meu corpo aguentaria se continuasse mandando tanto lixo pra ele toda hora e me mexendo algo próximo de nada. Estou feliz que esteja mudando isso.

16 de maio de 2015

Nova fase: dia 01 - 16.05.15

Como descrevi no último post, esse ano fui me apodrecendo até chegar ao ponto de sentir meu fígado doer (ele não dói, mas a capa de revestimento sim, quando ele aumenta de tamanho).

Faz uma semana que estou tomando cuidado com ele, como escrevi lá, o que inevitavelmente implica em uma dieta, porque o que é ruim pro fígado engorda.

Não fui ao médico, mas estou certo de que tenho uma esteatose, gordura no fígado, porque a probabilidade de gordos preguiçosos terem isso é gigante. E como tenho certeza de que ele está inchado, só pode ser. Tenho pânico de ir ao médico e descobrir que tenho algo mais grave, então preciso me cuidar e tentar reverter esse quadro. Não vou ao médico pra ouvir coisas óbvias, que tenho que emagrecer e cuidar da alimentação. Dã! Vou reverter esse quadro. Se mesmo cuidando eu não me sentir melhor em algumas semanas, daí irei ao médico.

Então não estou pensando em dieta, mas em poupar o fígado, e deixar ele se curar. E faz uma semana que, de maneira compulsiva, estou lendo e assistindo coisas sobre saúde, especialmente sobre o fígado, e já aprendi várias coisas.

A principal é que o grande tratamento pra problemas no fígado são: alimentos corretos e atividade física. Dã! Isso serve pra tudo, eu sei, mas no caso do fígado mais ainda, porque os remédios pra ele são auxiliares apenas, e muitas vezes nem receitados. As chances de ir ao médico, gastar uma grana e ouvir essas coisas dele são muito altas. Então...

Então hoje, pela primeira vez em anos e anos, fiz uma coisa inusitada: calcei meus tênis recém comprados (há anos não tinha um tênis que preste, e preciso agradecer minha esposinha por insistir nisso), e saí pra caminhar e tomar sol. Uma das coisas que aprendi é que precisamos sim tomar sol, e sem protetor, porque a maioria dos protetores solares bloqueiam os raios que produzem a vitamina D3 na nossa pele, que na verdade é um hormônio fantasticamente essencial. Então cerca de 20 minutos diários de sol, sem ser o sol mais forte do dia, é algo saudável e importante. Eu realmente não tomo sol de verdade há muito tempo, e sei que isso está me prejudicando. Então saí às 15:20h, que já é um sol que vai enfraquecendo, mais ainda aqui em João Pessoa, onde às 17:30h normalmente já está escuro. E como a pele precisa de pelo menos 20 minutos pra absorver esse hormônio recém criado, assim que cheguei vim aqui escrever isso, antes de tomar banho, pra não tirar da pele antes que ela o absorva.

Tenho que confessar: foi muito bom. Os primeiros 15 minutos foram com ares de passeio, vento no rosto, sol gostoso e acolhedor na pele. Mas minha situação física é tão ridícula que, dados 20 minutos, comecei a me sentir cansado, então já fui fazendo o caminho de volta. Andei 27 minutos, o que pra mim foi uma vitória, especialmente por ter ido andar. E o tempo todo pensei no meu fígado, não em calorias nem nada disso. E me senti bem por estar fazendo mais uma coisa por ele, além de cuidar do que como, pois sem ele funcionando bem... ferrou!

Isso aí. E não é que tive que me render e começar uma atividade? Caramba! Precisou meu fígado gritar pra eu me ligar. Mas antes tarde do que nunca, então vamos lá. Pretendo fazer isso se não todos os dias ao menos quase todos, aproveitando que minha rotina me permite, e que por enquanto ainda moro perto da praia. Estou numa situação que milhões de pessoas nesse país queriam estar, e não podem, e estando não aproveito. Idiota! Quero começar a aproveitar. Tem algo mais incrível do que andar 15 minutos e dar um oi pro Atlântico??? Hoje ainda não dei, porque caminhei pro outro lado, mas amanhã darei. :-)

E é isso. Essa nova fase é a fase da saúde do fígado, e agora realmente preciso muito cuidar dele. Muito!